HANS ARP (Jean Arp, artista plástico) (1887-1966) Nascido em Estrasburgo, Arp estudou na Academia de Weimar e depois viajou para Paris, determinado a se aprofundar na obra dos impressionistas e cubistas. Ao voltar, fixou-se em Munique, onde entrou em contato com os expressionistas do grupo Der Blauer Reiter (Kandinski, Marc, Münter e Müller). Viajou em 1916 para Zurique e acabou participando da fundação do grupo dadá, juntamente com o poeta Tristan Tzara e os pintores Marcel Janco e Hugo Ball. Nessa época também começou a se interessar pelas artes plásticas, já que, por definição, o dadaísmo não reconhecia fronteiras entre pintura e escultura. A combinação de ambas as disciplinas deu origem às suas controvertidas colagens e relevos. Nestes, Arp tentou endeusar o absurdo por meio de uma linguagem artística totalmente diferente, na qual, segundo palavras do próprio artista, o acaso que colocava os objetos à sua frente tinha mais mérito do que sua própria inspiração. De espírito inquieto e curioso, Arp se movimentou constantemente entre as águas do dadaísmo, do surrealismo e da arte abstrata. Nos seus últimos anos se interessou mais pela pintura do que pelas colagens, mas sem deixar de lado a escultura. Uma de suas obras mais famosas é o relevo que fez para o edifício da UNESCO, em Paris, em 1958. Em 1965, um ano antes de sua morte, foi inaugurado em Locarno um museu com seu nome.